Os repórteres de guerra deparam-se todos os dias com realidades e imagens avassaladoras. Aquilo que presenciamos, fazem-nos relembrar alguns princípios éticos e morais pelos quais nos regemos.
Não acredito no mito da objectividade. Mas acredito num grande esforço de isenção. Acho que isso é essencial para se poder trabalhar.
Este é um dos maiores dilemas que se põe a um jornalista de guerra. Estes jornalistas que partem para outros países, para cobrir uma realidade tão distante da nossa, são meros espectadores dos cenários de guerra.
O mundo da câmara torna-se numa janela indiscreta que filtra pequenos momentos dramáticos e irrepetíveis e quando se está por trás de uma câmara esquecemos aquilo que nos rodeia e ficamos mais preocupado em fazer a melhor imagem, captar o melhor momento.
A vida de correspondente de guerra já inspirou muitos livros nas últimas décadas, uns de ficção e outros fruto da realidade.
Inácio Ludgero